Servidores de Alto Araguaia cobram do governo recomposição salarial

 
Redação - Réulliner Rodrigues
Fotos: Karoline Benício

Na educação superior, mais de 50 professores estão em greve no município. Da mesma forma, 30 servidores do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Superior do Estado de Mato Grosso (Sintesmat) também pararam as atividades.

Em ato conjunto, professores, policiais civis e representantes de outras categorias protestaram na região central de Alto Araguaia (Sudeste de Mato Grosso, 415 km de Cuiabá), cobrando o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA). Durante o movimento nesta quarta-feira (01), a educação também se opôs à implantação da terceirização de serviços das escolas à iniciativa privada (modelo de Parceria Público-Privada - PPP) que atinge 14 colégios do estado.

 

Os servidores se concentraram na praça da Matriz e percorreram a avenida Carlos Hugueney nos dois sentidos. No caminho, o grupo de aproximadamente 100 integrantes, fez uma pausa em frente à Câmara Municipal e cobrou apoio dos vereadores do município. Gritos de ordem como “pague o que é de direito, governador” e “Pedro Taques a sua hora vai chegar”, foram entoados no movimento.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), a adesão de greve dos servidores públicos da educação no município é de 100%. “A categoria está reivindicando aquilo que é de direito. É fácil o governo falar que não vai pagar”, destaca Carolina Garcia Marinho, secretária do sindicato, polo de Alto Araguaia. Três escolas estaduais estão paralisadas.

“Desde 2012 nunca tinha visto um ato público, por reivindicação de direitos, que unem as categorias no município”, disse Gibran Luis Lachowski, membro da direção da Associação dos Docentes da Unemat (Adunemat). Ele pontua ainda que o ato foi a oportunidade de fazer um diálogo com a população de maneira organizada.

Na educação superior, mais de 50 professores estão em greve no município. Da mesma forma, 30 servidores do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Superior do Estado de Mato Grosso (Sintesmat) também pararam as atividades. Na Polícia Civil, a adesão é de aproximadamente 28 servidores, que mantêm 30% do efetivo trabalhando nas delegacias, conforme prevê a legislação. Não houve manifestação de órgãos como o Detran e Polícia Militar.

Proposto na segunda-feira (30), o governo do estado disse pagar 5% da Revisão Geral Anual em duas parcelas; uma, de 2% em setembro e outra, de 3%, em janeiro de 2017. No entando, a proposta foi rejeitada pelo Fórum Sindical, entidade que reúne 33 categorias representantes do funcionalismo público do estado.

A greve teve início na terça-feira (31) por tempo indeterminado. Novas ações públicas serão agendadas entre os sindicatos em Alto Araguaia.